
Finalmente depois de 2 anos de espera, nessa última sexta-feira do dia 19 de outubro, Daredevil voltou para um terceiro ano, desde sua última temporada introduzindo o The Punisher (Justiceiro) ao universo de séries da Marvel/Netflix que desde então nos deixou com um grande sentimento de saudade e sede pela continuidade da série.
A nova temporada trouxe um novo conceito às séries de herói, ela mostrou a todos o potencial que uma adaptação de quadrinhos pode irradiar, com uma história perfeitamente impecável e contagiante.
Nesse ano, retomou o antagonista Wilson Fisk, como de costume, mas com uma nova face, uma genialidade tão absurda e sua enfim identidade tão aclamada: O Rei do Crime.
Em meio a todo o teor sombrio apresentado na temporada e o devido querer por justiça e tenacidade diante da trama, a série mostrou novas características, não antes aprofundadas. Uma das mais importantes foi a retomada do passado dos personagens, revelações entre os mesmos e para o público em si, de forma única e extremamente chocante; questões em aberto e que eram enigmáticas, foram enfim relevadas, juntamente de muita reflexão, nostalgia (menções e detalhes que trazem a tona os outros anos da série), sentimento e impacto ao cenário como um todo, de forma como sempre, muito surpreendente.
Outro grande ponto a ser analisado são as cenas de ação e o clímax da temporada (explicitada para mim definitivamente no episódio 6), onde deixa claro a qualidade da série e a coloca em outro patamar de capacidade. Presente de inúmeras (inúmeras mesmo) e excelentes lutas, cercadas de um aspecto agitado e ao mesmo tempo detalhado, exigindo cenários respectivos, trilha sonora ideal e muito conforto em executar aquilo que se preza, de forma muito suficiente e excepcional. Assistir é realmente um privilégio, o envolvimento que se tem com as situações e a tensão sentida junto dos personagens a respeito das consequências que as cenas causarão, é efetivado sem enrolação, sempre de maneira direta perante o roteiro e a cronologia dos episódios.
A religião também é destaque, sendo discutida de forma intensa porém suave (nada apelativa e definitivamente sem imposições), como nunca antes foi: mostrando as incertezas e angustias que giram em torno de Matt sobre seus conceitos e ensinamentos a respeito de Deus, sobre o abandono, as suas frustrações e toda a questão de igreja católica, tendo em vista que é onde o protagonista passou grande parte de sua infância, é realmente muito admirável. Procurar entender também de todos os pontos de vista da crença, os seus declínios apresentados, e principalmente entender o que se passa na cabeça dos personagens de forma geral.
Outro ponto clássico a respeito da série, se baseia na atuação dos atores diante de seus papéis, executado de forma exemplar e sempre convincente, por: Charlie Cox (Matt Murdock / Demolidor), Deborah Ann Woll (Karen Page), Vicent D'Onofrio (Wilson Fisk / Rei do Crime) e Elden Henson (Foggy Nelson).
Eu sou suspeito a falar por ser desde sempre um fã da série (2015), mas é meu dever destacar o explicito desenvolvimento que essa temporada teve. É uma qualidade que nunca achei que veria dentro de uma série da Marvel (até agora) e da Netflix de forma geral, tendo em vista que foram poucos as vezes em que me deparei com um envolvimento tão grande com alguma série do canal de streaming.
Pra resumir bem a minha crítica, penso que a série nesse terceiro ano, se aproximou muito da qualidade (não só produtiva) de Game of Thrones (HBO). Minha nota: simplesmente 10/10.
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